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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Yemanjá

Odôciaba mamãe...

Senhora dos oceanos, mãe da vida, dos orixás...
Filha de Olokum, esposa de Oxalá, Rainha do mar...
Sereia encantada, poderosa mãe das águas salgadas...

Odôciaba mamãe Yemanjá
Yemanjá é, sem dúvida, o orixá mais popular do Brasil. Quem ,dia 31 de dezembro, não foi à praia  levar palmas, rosas, jóias, acender velas ou por suas embarcações nas águas do mar em homenagem a essa grande iabá? Muitos, garanto! 

A vida na terra surgiu dela, que dos seus grandes seios deu origem ao mar, às águas salgadas, origem de tudo. Senhora dos oceanos na África é considerada a princesa do mar, já que Olokum sua mãe seria a Rainha, mas ao vir para o Brasil foi coroada rainha pela devoção de seus fiéis.

Dizem que ela , em noites de lua cheia, vai para alguma pedra no meio do mar, aonde não possam vê-la e fica a se pentear junto com os encantados, divindades do mar que fazem sua corte, outros, Dizem que ela em noites de tempestade dança sobre as gigantescas ondas do mar. Se cobre de espuma, e vive a espreitar seus filhos da imensidão azul.

É mãe da maioria dos orixás, como Exú, Ogum, Oxóssi, Xangô e até mesmo Oxum, cuja amamentação fez seus seios ficarem grandes demais, símbolo da ancestralidade desse orixá.

`•.¸.•´ * *. * . * .Lendas de Yemanjá `•.¸.•´ * *. * . * .


  • Iemanjá vence um exército inteiro sozinha. 
Um exército havia declarado guerra a seu marido, Iemanjá preocupada vai até a beira-mar , tentar intercepta-los, mas sozinha, sendo mulher, não conseguiria. Iemanjá ficou a admirar o mar, vendo o próprio reflexo na água, pegou seu abebê e ficou algum tempo pensando. Fincou na areia na beira da água espelhos enormes, do tamanho de uma pessoa e esperou escondida.


O exército chegou e deu de frente com milhares do homens, um número muito maior que o deles e bateu em retirada. Os homens na verdade eram eles mesmos refletidos nos muitos espelhos.
  •  Iemanjá é violentada pelo filho.
Chegou uma hora que todos os seus filhos sentiram necessidade de deixar a casa. Ogum tinha o espírito empreendedor, foi para as estradas. Oxóssi era aventureiro, desobedecendo a mãe , foi para a mata e enfeitiçado por Ossanha. Xangô sentiu necessidade de governas e Exú o mais problemático dos filhos se jogou no mundo. Um ano depois, sozinha e triste, Iemanjá via seu filho Exú voltar pra casa, enchendo seu coração de felicidade. 


Exú conta para a mãe suas façanhas pelo mundo, mas diz não ter conhecido nenhuma mulher mais bela ou mais sábia que Iemanjá, pedindo-a em casamento. Ela se nega, não o faria, ele tenta agarra-la a força dilacerando seus seios que derramam água salgada pelas feridas por semanas.


Oxalá repudia a atitude de exú e o expulsa da mesa dos orixás, sendo ele agora o intermediário entre o mundo dos deuses e dos homens, enquanto dos seios de Iemanjá nascera o oceano, fruto de toda a vida na Terra.







  • Iemanjá Volta para o mar.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Oyá - Iansã

Eparrei bela Oyá...

Senhora dos ventos e relâmpagos, da fúria e da brandura do céu...
Dona do movimento, progenitora da vida da terra, senhora do fogo...
Destemida guerreira que faz justiça no resplandecer de seus relâmpagos...

Eparrei bela Oyá...
Oyá é a mais incisiva das iabás, pois tem seus domínios sobre quase, senão todos, os domínios masculinos, levando consigo instrumentos de muitos orixás homens. Divide esse posto de orixá essencialmente guerreira com Obá, mas de forma muito peculiar conseguiu seus muitos dons.
Não tem tempo pra achar, pensar ou avaliar, é movida apenas pelo que sente, como o vento, quando viu já passou . Oyá são os sentimentos em seu climax,  é uma tempestade de desejos e vontades, uma infinidade de possibilidades, e as é a todo o momento, daí sua mobilidade, seu movimento constante. 
Inquieta e cheia de si tem noção do que pode e é capaz de tudo por amor, até mesmo de dar sua vida se necessário.
Rainha das nuvens de chumbo, sob a baia de sua saia os ventos circulam no céu e com um giro é capaz de criar um furacão. Dança sobre as nuvens tempestuosas bradando sua espada na direção dos relâmpagos que se curvam diante sua presença, se retorcendo de forma a iluminar toda a extensão do céu. 

Tida como a guerreira justiceira, vem a terra sempre bradando sua espada numa mão e na outra seu eruexim ( instrumento de metal com rabo de cavalo na ponta usado por uma qualidade de iansã para espantar eguns), leva consigo também o chifre de búfalo e em algumas qualidades o pilão, instrumentos conseguidos por suas muitas aventuras.

Desprendida de tudo que é material, apesar de impulsiva, valoriza imensamente o que se é, e não o que se tem, é a prova de que a superação é possível por uma causa maior, seja você  quem for...


`•.¸.•´ * *. * . * .Lendas de Oyá `•.¸.•´ * *. * . * .
  • Iansã conhece Ogum.
Oyá sempre foi um espírito livre e aventureiro, e como tal vivia dentre os pastos, nas florestas, sua morada era o céu e sua companhia as estrelas e para viver assim se transformava num búfalo, graças a uma pele encantada que conseguiu quando viveu com Odé; Como de costume toda manhã, foi se banhar no rio e para isso pendurou a pele em um galho de árvore.  Estava a saborear o frescor das águas quando sem perceber era espionada por um homem bem armado e de armadura reluzente, era Ogum, o senhor da forja, do aço, da guerra. Foi amor a primeira vista, esse estrategista, logo bolou um jeito de capturar o amor da bela mulher. Tinha visto ela tirar a pele, então, a escondeu e ficou a esperar. Acabou seu banho, mas não achou sua camuflagem, quando da de cara com o homem que segue a admira-la encostado em uma árvore com o que ela tanto procurava em uma das mãos.

Quiz de volta, mas não teve conversa, Ogum só daria de volta a pele se ela se casasse com ele. Naquele momento um sentimento arrebatador tomou iansã e ela aceitou o pedido inusitado passando a viver com o guerreiro.

  • Iansã e Oxaguiã
Já vivendo com Ogum, iansã sempre foi de muita disposição, que seu marido tratava de cuidar muito bem, mas em uma época de guerras Ogum forjava armas para o exército de Oxaguiã que fora um dia visitar seu grande amigo e acabou por conhecer sua bela esposa.

A sintonia entre Oyá e Oxaguiã é imediata e a troca de olhares fica irresistível, tendo os dois um caso rápido, pois o orixá precisava voltar para sua guerra e o amor de iansã por Ogum foi mais forte, fazendo-a ficar. Contudo o tempo que ficaram juntos, iansã aprendeu a mexer com o pilão que Oxaguiã tinha como fundamento.





  •  Iansã Abandona Ogum por Amor a Xangô
A rixa entre os dois orixás, Ogum e Xangô é conhecida por todos os entendidos de santo. Mas daonde surgiu essa rixa? Sim, a bela Oyá.Ogum sempre fora deslumbrado pela figura de Oyá, mulher vigorosa e cheia de si, cheia de atributos morais , digna de um grande amor.

Xangô um dia foi procurar Ogum para uma encomenda de armas para guerra. Foi recebido hospitaleiramente pelo guerreiro que apresenta sua bela esposa. Xangô encara Oyá de forma insistente durante os dias que ficou hospedado esperando sua encomenda. Iansã cada vez mais envolvidas pelos cortejos desferidos, recebeu um pedido; Xangô pedira que fizesse um amalá para ele, pois a muito tempo não o faziam e assim ela fez. Na hora de comer, esse, sem ela ver coloca uma poção mágica e a chama para dividir a iguaria com ele. Os dois se banqueteavam quando Oyá começou a falar e soltar fogo pela boca para o desespero dela, até perceber que o orixá havia dividido o seu poder com ela.

Foi amor a primeira vista, Xangô confabulou para que os dois fugissem ao anoitecer para o seu reino, quando Ogum já tivesse dormindo e assim fizeram. Esperaram o meio da noite e partiram. Ao amanhecer Ogum não encontrou Oyá nem Xangô e foi procura-los pela cidade, quando soube que haviam partido ainda no escurecer.

Ogum tomado de Ódio partiu a galopadas atrás dos amantes. Foram alguns dias e algumas noites quando finalmente os encontra , estão abraçados, dormindo, Seu amor pela ex-mulher fala mais forte então levanta sua espada contra Xangô, o mataria dormindo, ele nem perceberia, se o instinto aguçado de iansã não a fizesse acordar e se jogar na frente da lamina se dividindo em nove.

As nove qualidades de Oyá.

  • Oyá espalha os feitiços de Ossanha
Todos os orixás para fazer magia precisavam da ajuda de Ossanha, o orixá do axé, aquele que tem poder sobre o sangue negro, a força das folhas, precisavam desse poder.

Xangô sabia que Ossanha guardava os feitiços nas cabaças no alto de uma árvore, não se sabia que árvore era, mas o senhor da justiça queria o poder dessas folhas e pediu a sua apaixonada esposa que criasse um vendaval tão poderoso capaz de desfolhar todas as árvores e espalhar as folhas e as cabaças para que todos os orixás pudessem ter esse poder.

Oyá obedece seu senhor e cria um vendaval gigantesco, sacode seus braços espalhando os ventos em todas as direções da floresta passando por aldeias, destelhando as casas dos seus filhos e espantando a caça. Consegue por fim derrubar as folhas e as cabaças de ossanha, cada orixá pega uma folha mas não têm o axé necessário, continuando dependendo do orixá das folhas.

No final não serviu de nada. Iansã havia conseguido o ressentimento de seus filhos que apesar de a salvar , tiveram suas casas destruídas pela própria mãe. Arrependida ajudou-os a reconstruir, evitando que a chuva atrapalhasse e pedindo perdão a eles, fazendo todos a adimira-la novamente.


  • Oyá consegue o poder do relâmpago pra salvar Xangô.
Xangô estava muito doente, Iansã, Obá e Oxum estavam muito preocupadas. Oyá foi até um babalaô que avisou que só uma poção que estaria do outro lado do mundo poderia salvalo, mas mesmo ela indo nos ventos não chegaria a tempo, pois na sua frente encontraria montanhas e serras que a deteriam.

Oyá não pensou duas vezes, saiu pelos ventos e chegou até o lugar marcado, mas sabia que não conseguiria voltar a tempo. O babalaô tinha dito também que não poderia abrir o embrulho; Ela abriu e bebeu um pouco da poção e se transformou num relâmpago que atravessou todo o céu chegando a tempo de levando o fogo na boca salvar Xangô da morte.


  • Oyá consegue o domínio sobre os mortos.
Iansã passou pelo domínios de todos os orixás pedindo que esses a ensinassem algumas de suas artes e pra isso até se deitaria com eles. Não, não veja isso como algo infame, uma mulher independente tem que fazer o que tem que fazer, e assim era iansã. Ela queria o conhecimento e procurou-o, conseguindo alguns fundamentos de muitos orixás como : Ogum, que a ensinou a usar a espada, Xangô , que deu o poder sobre o relâmpago, Oxóssi, que a ensinou a caçar e se camuflar nas matas, Oxaguiã, que a ensinou a usar o pilão , mas ao chegar até o reino de Obaluaiê , o rei da Terra.

Oyá o implorou que a ensinasse algo, mas ele se recusou. Ela ofereceu uma noite, mas ele recusou. Ela então dançou a dança dos sete ventos, cruzou os sete pontos do mundo dançando em sua ventania, mas nada. Se ajoelhou e pediu humildemente e Atotô aceitou, encarregou ela ( Oyá igbalé) de com o eruexim ( instrumento feito de metal e rabo de cavalo) de guiar as almas desencarnadas  ( Eguns) para o mundo espiritual. 



  • Iansã mostra pros orixás que Obaluaiê é lindo.
Oxalá promoveu uma festa para todos os orixás, até exú foi convidado e fez questão de garantir a presença. No augi da festa todos os orixás dançavam, mas no canto estava obaluaiê sentado cabisbaixo. Todas as iabas o ignoravam por que achavam que era feio por ter nascido com chagas. Oyá vendo o orixá triste começou a rodar, despertando a atenção dos outros orixás, pegou a mão de Obaluaié e começou a dançar em volta dele fazendo a palha da costa levantar com a ventania e todos verem o quanto belo e vigoroso era o senhor da Terra.


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Os filhos desse orixá tem em si a força e o temperamento guerreiro, são de personalidade forte e marcante, muitas vezes impulsivas, mas movidas principalmente pelo que sentem achar certo, com total desapego a coisas materiais ou situações, são espíritos livres, de humor instável mas alegria constante.


Seu dia é 04 de dezembro e sua cor é o vermelho e em algumas qualidades o branco e é sincretizada como Santa bárbara.


Axé!

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Oxum

Oraieiê ô Oxum...


Senhora dos rios, da maternidade, da beleza em seu mais puro ar de graça e elegância.
Rainha das águas doce, que sob o leito do rio se põe a cantar ...
Mãe do ouro, das riquezas mais abundantes, da vida...


                                              Oraieiê ô  mamãe Oxum !

Oxum, Orixá das águas doce do mundo, senhora da vida,da maternidade, é ela que cuida da gestação da mãe e acompanha junto a Iemanjá o parto da criança; De uma beleza e elegância sem igual, mostra no seu andar toda a delicadeza de seu refinamento como rainha e nos seus gestos toda a vaidade de uma mulher mimosa, que adora se enfeitar com colares, pulseiras, braceletes e coroas, tendo sempre em uma das mãos seu inseparável abebê ( espelho), no qual fica horas a fio a se adimirar na beira de rios, riachos, sempre perto de nascentes, cachoeiras e cascatas.

Suas águas refletem suas vontades. Quando contrariada faz a cheia dos rios, impedindo a passagem de qualquer um por seus domínios, mas já quando agradada e bem disposta, faz refletir sobre o espelho d`água toda imensidão do céu .

Oxum é esperta, ardilosa, não deixa sua beleza ser o único argumento de seus atributos, é boa em tudo o que faz, uma mulher admirável que aqui deve e será louvada!


`•.¸.•´ * *. * . * . Lendas de Oxum  `•.¸.•´ * *. * . * .

  • Oxum aprende a jogar búzios com Exú.
Todos os orixás precisavam ir a um Babalaô para que esse jogasse os búzios.Exú contudo, sabia joga-los despertando o interesse dos outros orixás.

Oxum se interessou em aprender e foi até o reino de Exú e pediu que ele a ensinasse. Ele negou, disse que não, que esse segredo pertencia a poucos. Ela então pegou um punhado de areia e jogou em seus olhos. Os búzios caíram todos ao chão e ela foi pegando um a um perguntando o nome.

Exú que é de esperteza aclamável, reconheceu a sagacidade de Oxum e propôs um acordo;Se Oxum ficasse sete anos ao seu lado arrumando sua casa e cuidando da sua comida a ensinaria a jogar.

Concordou e assim fez; Vivia harmoniosamente com seu novo companheiro, quando em um dia como de costume pela manhã bem cedo, Exú saíra para rua e Oxum fora para o rio se banhar. Lá estava a cantar se admirando no espelho quando um homem vigoroso passa em seu cavalo rumo ao mesmo destino; coloca o animal para beber e é quase que hipnotizado pelo tom da melodia.  Foi esgueirando pela beira do rio até encontrar a alguns metros perto de uma queda dágua uma linda mulher que cantava enquanto se banhava.  Oxum se assusta ao perceber que está sendo observada, mas o homem logo diz ser Xangô, que só estava de passagem pelo reino de Exú, mas fora tragado por tamanha beleza. Pediu-a em casamento imediatamente e logo foi recusado, afinal, ela estava muito feliz ao lado de Exú, mas Xangô não aceitou ser contrariado. A pegou pelo braço e levou a força para seu reino.

Exú chegou em casa e não encontra Oxum, desespera-se ao ver as horas passarem, quando então decide ir em todos os reinos da Terra atrás de sua amada. Não a encontra em nenhum, faltando apenas o reino de Xangô. Passando por uma das ruas perto do palácio ouve um canto muito triste vindo de dentro de um calabouço escuro. Era ela, só podia ser ela ! Exú confeccionou uma poção e fez com que essa chegasse até Oxum que estava presa no fundo da masmorra, e quando essa toma o encantamento se transforma em pomba dourada e sai voando por dentre as grades do seu cárcere.

  • Oxum faz Obá cortar uma de suas orelhas.
Oxum fora uma das esposas de Xangô junto com Oyá e Obá, era a mais nova e a que , pelos relatos de Xangô, tinha o maior dom para mimar o seu senhor, seja com seus dotes culinários, ou mesmo com seus encantos. Obá insegura, pergunta a Oxum como ela conseguia causar tanto fascínio no tão grandioso rei, e Oxum astuta, não poupa elogios a si mesma, mas não só isso, diz ter um segredo especial. Tendo a cabeça coberta por um turbante diz ter cortado uma das orelhas para enfeitar a feijoada de Xangô e que logo após teve uma noite de amor sensacional.

Obá fica inspirada pelos depoimentos sedutores de Oxum e corta a própria orelha para a feijoada do seu senhor, que, quando vê, repudia tanto o ato de Oxum, que descobre as orelhas mostrando o truque, quanto Obá que com uma das mãos cobria a recém tirada orelha ensangüentada, expulsando-as de seu reino nas nuvens , descendo como um rio em direção ao chão criando as cascatas.

  • A Terra morreu sem Oxum.
Os orixás foram criados e tomaram seus postos no mundo.Iemanjá no mar, Ogum desbravando as matas, Iansã nos céus e assim por diante. Com o tempo as florestas morreram e a Terra empobreceu, não havia como as plantas se alimentarem da água do mar, quando então Obatalá trouxe Oxum ao mundo, que com suas águas inundou a Terra de vida e esperança , fez o verde ficar mais verde e refletiu nos rios o azul do céu.


  • Foi na beira do rio, que a Oxum chorou.
A Terra do reino de Xangô estava passando muita fome por falta de água, quando o povo foi clamar de seu rei alguma solução. Xangô foi até o deserto que estavam as plantações e lá disse que perrmaneceria até que chovesse e assim o fez. Oxum, Oyá e Obá voltaram arrasadas para o reino, afirmando para o povo , que acreditava que Xangô estava morto, pois não voltava, que o rei estava vivo e resolveria o problema.


Mais dias se passaram e Oxum começou a cantar.Triste canto trazia consigo lágrimas dolorosas que derramaram-se durante semanas.Oyá com seus ventos fez as águas se espalharem e atiçou as nuvens enquantoObá fazia as águas ficarem cada vez mais profundas. Xangô fez trovejar e chover, estendendo o rio por todo o reino acabando com a fome e a sede.





  • Oxum, Oxóssi e o nascimento do príncipe dos Orixás.
Odé ( Oxóssi)vive nas matas e como um bom caçador, está sempre a espreitar alguma caça. Uma dessas caças um dia o levou para a beira de um rio, fazendo-o ser visto por Oxum que se apaixona pelo belo rapaz de imediato.Usando toda a sua astúcia se banha de mel e rola nas folhas tomando o aspecto de presa, o que chama atenção dos olhos aguçados de Odé que vai atrás do precioso animal.

Oxum atrai-o até suas águas onde o mel se dissolve e ela se revela, causando ainda mais fascínio no rei do ketu que a possui ali mesmo, daonde mais tarde nasceu Logun.

Oxóssi então quer acompanhar Oxum, mas isso é impossível, Ela morava no fundo do rio, no reino de seu pai e ele nas matas. Mais uma vez mostrou que é ardilosa e vestiu o orixá de mulher e o levou para as profundezas apresentando-o a seu pai como uma amiga.

O disfarce de Odé não durou muito e logo fora expulso de volta às matas e Logun passou a viver seis meses com a mãe se enfeitando de jóias e comendo peixe, e seis meses com o pai caçando e vivendo na floresta.

  • Oxum perde a guarda de Logun.
Oxum e Obá nunca mais se bateram, tanto que, quando vem a Terra , se juntas, brigam violentamente.  Oxum se banhava no rio com Logun que nadava de um lado para o outro. Sua mãe lhe dera somente um aviso, que não chegasse para a parte mais funda, pois essa era domínio de Obá que não gostava dela. 

A criança arteira se distraiu e acabou por parar aonde não devia, Obá vendo a oportunidade vingança, fez suas águas ficarem turbulentas, o que fez o menino começar a se afogar para o desespero de Oxum que clamou a Obatalá que o salvasse da morte iminente.

Obatalá atendeu, mas a pena que ela receberia seria perder a guarda de Logun, mais tarde achado na beira por Iansã e Ogum que acaba de cria-lo.
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Os filhos de Oxum são Alegres, voluntariosos, Astutos, belos, de um refinamento sem igual, amam o dia, o sorriso, a felicidade, são contidos e muito maternais, assim como Oxum amam o luxo a riqueza, não só material, mas de espírito.

Seu dia é 08 de Dezembro e suas cores são todas as variações do amarelo, que demonstra toda a sua riqueza, dignas de uma rainha, é sincretizada como nossa senhora aparecida.

Que fique aqui a admiração por essa Iabá maravilhosa que encanta-nos com sua graça, sua beleza, e todos os demais atributos que ela possa ter...


 `•.¸.•´ * *. * . * ORAIEIÊ Ô `•.¸.•´ * *. * . *